Por Felipe Moura Brasil
Gravação
é a única prova admitida pelo PT – de preferência, quando não são dos
petistas as vozes na gravação. Todas as outras provas, que exigem
leitura de documentos, são dadas como inexistentes, pois petista não lê.
A
denúncia contra Lula no caso do tríplex no Guarujá tinha 149 páginas. A
denúncia contra Lula no caso do sítio de Atibaia tem 168 páginas. Só
essas duas, das seis denúncias contra Lula, somam, portanto, 317
páginas. É muita página para petista ler – muito mais para entender e
mais ainda para assumir que entendeu.
“Eu
não gosto de ler, eu tenho preguiça de ler”, disse Lula em programa de
TV em 1981, acrescentando que estava com um livro há três meses e tinha
lido 300 páginas.
Naquele suposto ritmo, Lula teria levado pouco mais de três meses para
ler as denúncias do tríplex e do sítio – e talvez tivesse batido um
recorde digno de registro no ‘Guiness Book’ do Partido dos Trabalhadores
que não trabalham nem leem.
Como
ficou claro após a divulgação das conversas comprometedoras de Joesley
Batista com Michel Temer (PMDB) e Aécio Neves (PSDB), e das imagens do
assessor do presidente com uma mala de dinheiro e da irmã do senador
presa, petistas preferem áudios, fotos, galerias e memes. Livro, só se
for para colorir – e de vermelho, claro.
Infelizmente
para Lula, a denúncia sobre o sítio (fartamente usufruído por ele) é
tão arrasadora que até se entende melhor, como antecipamos em Reunião de
Pauta, por que seu advogado atuou para impedir a exploração do caso no
interrogatório sobre o tríplex (que Lula não chegou a usufruir porque a
imprensa o noticiou como dele já em 2010).
Claudia Suassuna, mulher de Jonas Suassuna, disse que “foi realizada a
aquisição do sítio Santa Denise” pelo marido, “já sabendo que sua
utilização seria de Lula”.
De
quebra, “reconheceu que somente estiveram no local por duas
oportunidades, em festas juninas organizadas pela família Lula” e “que
em uma das ocasiões pernoitou em um hotel na cidade de Atibaia”.
Já
o caseiro Maradona, em e-mails enviados ao Instituto Lula em 2014,
informava que “morreu mais um pintinho essa noite e caiu dos (sic) gambá
(sic) nas armadilhas”; e também que a “pirua (sic) esmagou os três
pintinhos de pavão que estava (sic) com ela”.
É
complicado refutar a acusação de que Odebrecht, OAS e Schahin
reformaram o sítio como forma de pagar a Lula propinas do esquema de
corrupção da Petrobras, se considerarmos – além das confissões de
executivos das empreiteiras e dos registros das obras – que o
proprietário formal do imóvel só frequentava o arraiá dos Lulas, e o
caseiro se reportava diretamente ao comandante máximo para narrar o
arraiá dos pintos.
Muito mais fácil é fingir que não existe tudo aquilo que petista não lê.
De tanto dançar quadrilha, Lula caiu na fogueira, mas ainda tenta enganar os “gambá”.
Fonte: O Antagonista
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